Sair da Depressão
Oh com quão grande alegria eu retorno para falar-lhes sobre um dos assuntos que mais assola a humanidade hodierna, que é a depressão.
Dentre os personagens inseridos neste estudo está incluído a pessoa do Senhor Jesus na condição humana.
Vamos acompanhar este tão importante estudo bíblico.
A depressão é um sentimento prolongado que domina o ponto de vista e o estado de espírito de um indivíduo. Um estado de espírito normal de tristeza, pesar e euforia são tipicamente passageiros e fazem parte da vida diária, mas estes podem progredir a um estado mental de depressão. Outros sintomas acompanham freqüentemente a depressão, mas os sintomas mais comuns da depressão aguda são:
– tristeza ou vazio interior profundo
– apatia, perda de interesse em atividades que dão prazer
– agitação ou inquietação, atividade em excesso ou inatividade física
– distúrbios do sono
– distúrbios de peso e de apetite
– habilidade reduzida de pensar ou se concentrar
– excesso de sentimentos de culpa, auto censura ou falta de auto-estima
– sentimentos de fadiga ou perda de energia
– atitudes negativas e pessimistas
– pensamentos mórbidos relacionados com a morte ou o suicídio
A depressão feminina está ligada a causas biológicas (puberdade, ciclo menstrual, gravidez ou infertilidade, pós-parto e menopausa), causas culturais (papel da mulher, status social, abuso sexual) e causas psicológicas (estresse, reação às perdas e aos conflitos, discriminação).[1]
Alguns fatores conhecidos que contribuem para a depressão
– deficiência ou excesso nutritivo
– drogas (de prescrição médica ou ilícitas, cafeína)
– hipoglicemia (baixo nível do açúcar no sangue)
– desequilíbrios hormonais
– alergias
– metais pesados
– abuso sexual quando criança
– hipertrofias microbiais / toxinas
– circunstâncias médicas (derrame cerebral, doenças coronárias, câncer, mal de Parkinson, diabetes, tiróide)
– carência de luz natural
– fatores psicológicos (geralmente uma deficiência no processo de pensar)
– fatores espirituais
A opressão pode se manifestar de 3 maneiras: no corpo, na alma (mente) e nas circunstâncias.
NO CORPO:
1. Doenças e distúrbios orgânicos: dor de cabeça, falta de ar, dor na coluna, enjôo, pontadas no corpo, sonolência, insônia, inchaço do corpo ou da cabeça, desmaios, convulsões.
Entretanto, antes de afirmar que é opressão, é preciso verificar alguns aspectos importantes:
a) verificar como a enfermidade se originou;
b) se a pessoa já foi ao médico e há um diagnóstico;
c) se a atuação e a dor são constantes e inexplicáveis;
d) qual o nível de contato da pessoa com o ocultismo;
e) se alguém na família sofre a mesma enfermidade (hereditariedade);
f) se alguém lançou alguma praga e em seguida a enfermidade originou;
g) como foi o passado da pessoa se há feridas;
h) se a pessoa guarda mágoas profundas
2. Ataques violentos sobre o corpo, com queimações vinda da planta dos pés até a cabeça, com suores, tonteiras e dores na cabeça.
3. Fortes compulsões para as obras da carne. Há uma ação específica de demônios por detrás de cada obra da carne.
NA ALMA (MENTE):
A mente é o maior campo de batalha entre o homem e satanás. As forças malignas tentam se aproximar o máximo de nossa mente, lançando setas para alterar nossas emoções e personalidade e tentar determinar o que devemos sentir, pensar, ser e agir. Com isso, eles tentam controlar nossa vontade própria, substituindo-as pelas deles.
NAS CIRCUNSTÂNCIAS:
Os demônios agem nos acontecimentos que nos cercam no dia-a-dia: problemas familiares, financeiros, perseguições, amarras em geral ( o dia não rende, as coisas não acontecem e você não produz nada ) enfermidades. Tentam com isso nos abalar psicologicamente e enfraquecer nossa comunhão com Deus através desse tipo de opressão. A opressão, tanto no corpo como na alma e nas circunstâncias, se não for combatida, leva a pessoa à depressão.
DEPRESSÃO
A depressão é um domínio um pouco mais acentuado que a opressão, pois as forças da pessoa são minadas a tal ponto que ela começa a se entregar ao desânimo e apatia. A pessoa não quer conversar e ver ninguém ( normalmente o depressivo tem tendência a ficar sozinho num local escuro – induzido pelas forças malignas). Normalmente se não tratado, a depressão leva ao suicídio.
POSSESSÃO
A possessão demoníaca se dá quando um ou mais demônios se apossam e permanecem no corpo de uma pessoa, assumindo total controle da mente e do corpo. Nesse caso, a personalidade fica totalmente escravizada. É uma situação muito lamentável de se ver.
A possessão demoníaca causa mudanças na pessoa como:
1. MUDANÇA DE PERSONALIDADE: Catatonia; Violência e acesso de fúria; Subir em árvores como animal; Choros; Bramidos; Cuspe; Gritos e berros; Tosse; Tremedeiras; Latidos; Rastejar como cobra; Zombaria e Orgulho.
2. MUDANÇA FÍSICA: Afeta a voz; Babas; Sintomas epilépticos; Olhos vidrados e parados
3. MUDANÇA MENTAL: Capacidade anormal – telepatia, levitação, premonição, línguas desconhecidas (xenoglosia – muito parecido com a língua dos anjos).
4. MUDANÇA ESPIRITUAL: reage com violência à confissão da Palavra, Louvor, Oração.
Como saber se uma pessoa está sofrendo influências demoníacas? ( opressão, depressão, possessão.):
NO ASPECTO ESPIRITUAL:
1. Oposição ao Evangelho
2. Fechado à ação do Espírito
3. Descrença absoluta
4. Dureza de coração
5. Falta de paz interior
6. Farisaísmo religioso
7. Fanatismo
8. Superstição
9. Idolatria
10. Mediunidade
NO ASPECTO PSICOLÓGICO:
1. Nervosismo
2. Medo
3. Insônia
4. Desejo de suicídio
5. Abrasamento sexual
6. Desequilíbrio emocional
7. Depressãov
8. Ressentimento
9. Ódio
10. Mágoa
11. Mania de perseguição
12. Ira
13. Mau humor constante e repentino
14. Comportamento irracional
15. Más ações contínuas
16. Hábitos escravizadores (vícios)
17. Compulsões
18. Sonhos e pesadelos horríveis repetidos
19. Doenças psíquicas
20. Desejo compulsivo de amaldiçoar
21. Repulsa contra a Bíblia
22. Sentir-se perturbado
23. Dúvidas aterradoras sobre a salvação
24. Adivinhação
NO ASPECTO FÍSICO:
1. Dores de cabeça constante
2. Desmaios e convulsões
3. Problemas no útero e ovários
4. Problemas nos rins e vias urinárias
5. Pontadas no corpo
6. Falta de ar
7. Dor e Peso na coluna
8. Enjôo
9. Sonolência
10. Insônia
11. Inchaço do corpo
12. Inchaço na cabeça
13. Alergias
14. Dores no estômago
15. Falta de apetite constante
16. Apetite mórbido
17. Gosto excessivo por doces
18. Estafa
19. Dores no ouvido
20. Enfermidade sem diagnóstico médico
Alguns fatores conhecidos que contribuem para a depressão
– deficiência ou excesso nutritivo
– drogas (de prescrição médica ou ilícitas, cafeína)
– hipoglicemia (baixo nível do açúcar no sangue)
– desequilíbrios hormonais
– alergias
– metais pesados
– abuso sexual quando criança
– hipertrofias microbiais / toxinas
– circunstâncias médicas (derrame cerebral, doenças coronárias, câncer, mal de Parkinson, diabetes, tiróide)
– carência de luz natural
– fatores psicológicos (geralmente uma deficiência no processo de pensar)
– fatores espirituais
Testando biblicamente – textos nos seus contextos
Antes, porém, de nos atermos aos textos, é preciso estabelecer novos pressupostos:
1. A Bíblia ensina que somos governados por nosso coração e o que governa o nosso coração governará a nossa vida (Mt 6.21; Mt 15.19; Sl 141.4);
2. A forma como respondemos às pessoas e circunstâncias dependerá, portanto, daquilo que está governando o nosso coração. Como exemplo, lembremos a negação de Pedro. A despeito de saber o que era o certo a se fazer, acabou por negar o Senhor com medo de morrer;
3. Nossas ações e emoções são fruto da nossa interpretação da realidade. Ainda pensando em Pedro, ele interpretou que os homens eram maiores que o Senhor e que não estaria seguro falando a verdade, ainda que já tivesse ouvido do próprio Jesus que até os cabelos de sua cabeça estavam contados e que, por isso, não precisaria temer os que matam o corpo (Mt 10.16-33).
Veja a seguir a vida 5 homens de Deus que foram vitimados pela depressão:
I. A “depressão” de Jó
Jó é descrito no começo do seu livro como um homem íntegro, reto e que se desviava do mal. O Senhor chega a afirmar a Satanás que não havia na terra homem semelhante a ele (Jó 1.8). Depois que Satanás acusa Jó de servir a Deus somente por ser alvo de suas bênçãos, é permitido que o tentador tire tudo dele. A partir daí a história se desenvolve de forma maravilhosa.
No princípio, Jó faz uma afirmação de fé formidável. Após sua esposa mandá-lo amaldiçoar a Deus e morrer ele diz: “Temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal?” (2.10).
Porém, a partir do capítulo 3 Jó parece interpretar os fatos de outra forma. Sendo ele justo, não poderia estar sofrendo daquela forma, antes tivesse morrido na madre.
Isso pode ser confirmado em todo o capítulo 31, no qual Jó fala de suas qualidades ao responder aos seus amigos chegando, por fim, a dizer: “Tomara eu tivesse quem me ouvisse! Eis aqui minha defesa assinada! Que o Todo-Poderoso me responda.” No primeiro versículo do capítulo 32 temos: “Cessaram aqueles três homens de responder a Jó no tocante ao se ter ele por justo aos seus próprios olhos.”
A partir do capítulo 38 Deus, em vez de responder a Jó, lhe faz uma série de perguntas que revelavam seu poder e sua soberania. Ao final, diz o Senhor:“Acaso, quem usa de censuras contenderá com o Todo-Poderoso? Quem assim aqui a Deus que responda” (40.2).
O resultado é maravilhoso. Jó afirma: “Sou indigno; que te responderia eu? Ponho a mão na minha boca. Uma vez falei e não replicarei, aliás, duas vezes, porém não prosseguirei.” Jó reconhece que a realidade era diferente daquela que ele interpretava, mas Deus continua com mais uma série de perguntas que apontavam para a sua sabedoria. Ao final Jó confessa que nenhum dos planos de Deus pode ser frustrado e afirma que o conhecia apenas de ouvir, mas que agora que o via se abominava e se arrependia (42.1-6).
A “depressão” de Jó foi causada por uma falsa interpretação da realidade e o tratamento de Deus foi fazê-lo ver com clareza que as coisas não eram como ele entendia. O Senhor confrontou Jó, com sua Palavra, e o restaurou
II. A “depressão” de Moisés
O caso de Moisés é interessante. Desde o começo de seu chamado ele se mostra bastante relutante e, vez por outra, esquecia a promessa feita por Deus ao comissioná-lo: “Eu serei contigo” (Êx 3.12). No episódio em que pediu ao Senhor que o matasse, estava mais uma vez murmurando, pois o povo continuamente reclamava por não ter carne (Nm 11.4). Ele estava achando ser muito pesado o seu encargo e que faria as coisas por sua própria força (Nm 11.14).
A primeira coisa que o Senhor faz é distribuir o trabalho com 70 anciãos e, com menos trabalho, a murmuração de Moisés terminaria, certo? Errado! Deus afirmou que alimentaria o povo e daria tanta carne em um mês inteiro a ponto de sair pelo nariz e o povo se enfastiar dela. Moisés entendeu que novamente seria muito trabalho para ele e reclamou, insinuando ser impossível para ele prover carne para o povo o mês inteiro (Nm 11.22).
Deus trata Moisés confrontando-o: “Ter-se-ia encurtado a mão do Senhor?” (Nm 11.23). Em outras palavras, Deus estava dizendo a Moisés que não precisaria reclamar e se preocupar, pois ele era o provedor.
Mais uma vez o desejo de morrer foi por não confiar no Senhor e o tratamento foi o confronto com as promessas de Deus e a interpretação da realidade pela perspectiva correta.
III. A “depressão” de Jonas
Jonas é visto no texto como um doente que sofria de grave melancolia ou destemia crônica. Uma leitura rápida do livro já revela a razão de ele pedir a morte. Jonas é chamado por Deus para pregar aos Ninivitas, povo poderoso, inimigo de Israel.
A primeira coisa que o profeta faz é fugir, ele não queria ver os Ninivitas convertidos. Depois do episódio em que é lançado no mar e engolido por um peixe, Jonas acaba parando em Nínive onde prega o sermão mais duro que se poderia pregar e, para sua surpresa, o povo crê em Deus.
O capítulo 4 começa afirmando que, por causa disso, Jonas desgostou-se e irou-se. O texto é claro, o profeta diz que fugiu porque sabia que Deus era misericordioso e, agora, com os Ninivitas convertidos, era melhor morrer que viver. Jonas revela um coração egoísta, que não confia nos propósitos de Deus. Ele queria fazer melhor que o Senhor, mas já que isso não foi possível melhor seria a morte.
Deus trata o profeta confrontando o seu egoísmo e demonstrando que da mesma forma que tinha compaixão de uma árvore o Senhor também tinha dos Ninivitas. O Senhor estava mostrando a Jonas que a maneira de ele interpretar as circunstâncias estava equivocada.
IV. A “depressão” de Davi
A depressão de Davi é “constatada” não pelo fato de ele ter pedido a morte, mas dos seus ossos e humor terem sofrido seus efeitos. A questão é que esse sofrimento, visto como consequência da doença, era o tratamento de Deus ao rei, que não estava arrependido. Considerando estar Davi doente, a contextualização do Salmo deveria ser: “Enquanto não tomei rivotril, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos noite e dia.”
Porém, como pode ser visto em Hebreus, a disciplina de Deus sobre os seus filhos no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza, mas ao final produz fruto de justiça (Hb 12.11). A tristeza causada pelo peso da mão de Deus constitui-se uma bênção e é parte do processo de reconhecimento do pecado por parte do crente.
Cada um dos casos citados acima, devidamente observados dentro de seus contextos, revela crentes sofrendo profundamente por não interpretar as circunstâncias pela perspectiva das promessas da Palavra de Deus, por não descansar no governo de Deus ou por ocultar o pecado.
Se fossem medicados poderiam até, por um tempo, ter o seu sofrimento aliviado, mas não teriam o pecado do seu coração tratado, o que só pode ser feito pela Palavra de Deus que “é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração” (Hb 4.12).
V. A “depressão” de Jesus
O caso de Jesus foi deixado para ser tratado à parte, pois sua tristeza não foi ocasionada pelas mesmas razões dos outros personagens.
O autor do texto faz duas afirmações e a implicação óbvia é a de que Jesus precisava mesmo era de um tarja preta. São elas: a) Jesus passou por uma depressão profunda e b) ele desejou morrer.
Essas afirmações resistem a um exame do texto? Creio que não, como veremos.
Depois de três anos ensinando os discípulos, curando e anunciando o reino, se aproximava a hora em que o Senhor derramaria o seu sangue para redimir o pecador. Ele chama seus discípulos e sobe o Getsêmani a fim de orar e chamando à parte Pedro, Tiago e João afirma estar profundamente triste, até a morte.
Essa frase expressa a profunda tristeza de Jesus, mas será que revela que ele desejou morrer? Olhando para o versículo seguinte fica bem claro que não. Nele Jesus ora rogando ao Pai que, se possível, passasse dele o cálice, ou seja, ele pede exatamente o contrário, pede para não ir para cruz.
O que angustiava Jesus era justamente a morte, pois ela significaria receber a ira de Deus pelos pecados do seu povo, que ele estaria assumindo no Calvário. Por causa dos nossos pecados o Senhor morreria e sentiria o desamparo do Pai, a ponto de clamar: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mt 27.46).
A afirmação de que Jesus estava triste e pedindo a morte por estar com depressão é então uma falácia. Nem todo o Prozac do mundo aliviaria sua tristeza por ter a comunhão perfeita com o Pai quebrada por causa dos nossos pecados.
Quando o autor afirma, portanto, que Jesus pode compadecer-se de nós por ter sido tentado da mesma forma, ele faz uma afirmação correta, mas parte de uma premissa equivocada. Jesus não pode compadecer-se de doentes por ter experimentado a doença da depressão, mas compadecer-se de homens que são tentados a não confiar no plano de Deus, por ter ele mesmo sido tentado a abandonar o Calvário, mas, em vez disso, ter se submetido à vontade do Pai ao declarar: “Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres” (Mt 26.39). É por isso que o escritor de Hebreus afirma que “foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado” (4.15).
É um grande equívoco assumir como pressupostos teorias científicas e interpretar os episódios de profunda tristeza de personagens bíblicos com lentes seculares. Essa será uma tarefa sempre impossível, pois para a medicina a depressão é caracterizada por um conjunto de sintomas e não pela presença de um ou dois apenas.
As Escrituras são o caminho apropriado para o entendimento dos assim chamados transtornos mentais: eles consistem em comportamentos derivados do pecado. Uma mudança verdadeira pode acontecer a partir do momento em que o pecado é admitido e há arrependimento. Quando o problema consiste em um coração perdido, a Palavra de Deus é o remédio mais seguro porque o Espírito Santo nos conduz a Cristo.[3]
Alguns podem afirmar que o que foi tratado aqui serve para a chamada depressão exógena, mas não se aplicaria à endógena por esta ter causas biológicas e hereditárias. É importante, então, fornecer algumas informações.
Como se pode perceber, não há toda essa unanimidade em relação às causas biológicas da depressão, tampouco sobre os efeitos dos antidepressivos. A desconfiança não parte apenas de “religiosos em nome de uma grande fé”, mas também de médicos e pesquisadores.
Enquanto a ciência não chega a uma conclusão, temos a infalível Palavra de Deus. Somente a Lei do Senhor é perfeita e restaura alma (Sl 19.7) e, como afirma o apóstolo Pedro, pelo conhecimento de Cristo temos todas as coisas que são suficientes para a vida e piedade. Crer nisso não é preconceito ou falta de informação, mas convicção de que Cristo Jesus é plenamente suficiente na vida dos crentes.
Como nós tratamos as más notícias e aquelas que nos desapontam tem um efeito profundo sobre o nosso bem-estar mental. Enquanto acreditamos que somos vítimas, não poderemos conseguir a plena saúde mental.
9 O pensamento positivo é mais importante para a saúde como um todo do que quase qualquer outra coisa. O pensamento negativo, pelo contrário, pode destruir todo o bem que foi feito por uma dieta e estilo de vida correto.
10 Muitas pessoas deprimidas têm uma tendência de olhar para o lado negativo da vida. Diz-se que é um dever positivo resistir tanto os pensamentos melancólicos e de descontentamento quanto é nosso dever de orar.
Certamente, sempre haverá coisas neste mundo imperfeito que nos darão um motivo para nos queixar. Freqüentemente, não temos os meios de fazermos pessoalmente alguma coisa sobre muitas destas coisas negativas. Entretanto, podemos concentrar as nossas mentes nas coisas agradáveis e maravilhosas da vida; isto é bíblico, animador e terapêutico.
No mundo do aconselhamento secular houve um afastamento da psicanálise cujo objetivo visava descobrir as razões "inconscientes" para a depressão. Gastou-se muito tempo analisando como o indivíduo foi criado e outros eventos no passado que poderiam ter formado os sentimentos e comportamento desta pessoa. Pensou-se que passar pelo labirinto do passado de uma pessoa era útil para a cura atual ou para identificar agentes causadores.
Esta terapia provou ser menos bem sucedida do que se esperava. Então, houve uma transferência para a terapia cognitiva de comportamento (de percepção), a qual focaliza-se na interpretação dos eventos diários da vida. Menciona-se isto porque a terapia secular tem, ao decorrer do tempo, se tornado mais próxima àquilo que o Apóstolo Paulo ensina sobre o nosso modo de pensar, isto é:1
– A interpretação errônea de eventos e os pensamentos negativos automáticos podem iniciar ou perpetuar o estado de espírito deprimido e
– Nossa atenção não deve fixar-se no passado (procurar por circunstâncias ou outras pessoas para responsabilizar) mas naquilo que podemos fazer de modo diferente (2 Co 5:17).
Os princípios essenciais da terapia cognitiva (de percepção) de comportamento são mostrados abaixo; cada pessoa deve fornecer seus próprios versículos bíblicos para torná-los mais pessoais e significativos. Tanto no mundo natural como no âmbito da mente, a ciência chega à mesma conclusão que é revelada na Bíblia há 2000 anos.
1. Localize e identifique os pensamentos negativos ou a crença falsa no solilóquio (quando falamos com nós mesmos). "Não presto pra nada porque as coisas não são como eu esperava ou como quero."
2. Lute contra os pensamentos negativos. "Eu não sou um fracasso só porque não consigo cumprir as expectativas não realistas feitas por mim ou por outros."
3. Aprenda como evitar a "ruminação" (o constante revirar dos pensamentos na mente) pela mudança imediata de seus pensamentos.
4. Substitua os pensamentos negativos no mesmo instante em que ocorrem com a verdade e com pensamentos positivos e crenças que dão autoridade. "Apesar da tristeza, dos desapontamentos e dos sentimentos que experimento, o Senhor me ajudará a continuar."8 (Rm.8:37).
A maioria dos pensamentos negativos ou crenças falsas que causam a depressão incorporam-se no corrente de nosso solilóquio (quando falamos com nós mesmos) depois que alguma perda ocorreu. É natural o desapontamento ou o pesar temporário devido a uma perda, mas não podemos continuar por muito tempo assim, senão isto nos consumirá.
Não fique preso na armadilha de pensar que Deus nos prometeu a paz perfeita em todas as circunstâncias; isso virá àqueles no Reino (Is 26:1-3). As instruções e as bênçãos de Fp 4:6-7 são aplicáveis para hoje. Compreenda sempre estes versículos à luz do Apóstolo Paulo, que teve muitas lutas e aflições mas Deus o resguardou e conservou seu coração e mente. I Co. 4:9-16; 2Co.11:21-29 ; 12:8-10.
Finalmente, Fp 3:13-14 diz: "...mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus." Paulo usa a analogia de um corredor para colocar o passado e o futuro na perspectiva apropriada.
Ele diz que um corredor não pode olhar para trás para ver onde os outros competidores estão, pois pode tropeçar ou sair de sua pista e ser desqualificado. Um corredor somente pode olhar para frente e se estender para frente, focalizando-se na linha de chegada, não no que pode estar atrás. I Co 9:24-27.
Nós estamos numa pista, correndo a corrida da vida. E o mais incrível é que cada crente é a única pessoa em sua pista. Não temos que correr muito rápidos, mas correr de forma constante. A única coisa que fica atrás de nós em nossa pista é o nosso passado (lembre-se: "esquecendo-me das coisas que atrás ficam"), com nossas falhas, abusos, mágoas, remorsos, realizações, ou até a fama.
Se você estiver de olho no prêmio o passado não poderá magoá-lo nem alcançá-lo. O passado contém os pensamentos sobre os quais Paulo diz que precisamos esquecer, certamente não devemos ficar ruminando sobre eles, e se fizermos isso, sem dúvida tropeçaremos (isto é, poderemos ter problemas mentais).
Ele insinua que o maior fracasso de um crente na corrida é deixar que o passado o impeça de correr bem. Então, olhe para frente, estenda-se para um novo dia e agradeça a Deus por tudo que você tem em Cristo Jesus nosso Senhor.
Direção Espiritual: A depressão pode ter uma origem espiritual se vivermos no pecado, se guardamos rancores ou ressentimentos, etc. Temos que estar dispostos a perdoar (e não precisamos culpar alguém por algo que fez, mesmo que esta pessoa não peça e nem mereça o nosso perdão) do mesmo modo que Deus, por causa de Cristo, nos perdoou, Ef 4:32. (Observe: nós perdoamos porque já fomos perdoados e não para sermos perdoados, como é o caso nos Evangelhos.)
Vamos dizer que conhecemos uma pessoa crente que vive para o Senhor, ela O honra e O serve em todos os aspectos de sua vida. Através dos anos, o Senhor abençoa essa pessoa e ela é feliz, tem boa saúde.
Certamente não há nada errado em apreciar as bênçãos do Senhor. Mas, tudo pode ser tirado em um momento, não por causa de problemas espirituais, mas talvez porque Deus esteja levando (e conforme a situação, Ele de fato levará) a pessoa ao nível seguinte de maturidade – isto pode confundir e pode fazer sofrer. Freqüentemente o crescimento requer a perda ou o quebrantar de nosso ego.9 O Apóstolo Paulo diz: "...tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas..." (Fp 3:8).
Rm 12:2 diz: "E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus." Transformar no grego é metamorphosis e significa uma mudança de forma; implica uma luta, como por exemplo, quando uma crisálida se transforma em uma borboleta.
Se não houver mudanças de dentro para fora em nós – se não houver uma transformação – seremos tentados a encontrar coisas externas para satisfazer as nossas necessidades. A transformação não é um ato instantâneo de Deus, é um processo para a vida toda. Não somos transformados apenas porque oramos, pedimos ou cremos; não existe uma maneira "milagrosa" (rápida e fácil) para a maturidade espiritual.
A voz passiva em Rm 12:2 significa que o Espírito Santo fará a transformação para nós se cooperarmos com Ele (isto é, escutando-O, nos submetendo a Ele, confiando Nele...). Devemos antecipar o avanço espiritual pois sempre podemos amadurecer mais: Fp 3:15-16.
Nossas imperfeições serão reveladas pelo Espírito Santo de modo que possamos continuar a crescer e nos tornar mais completos (não sem o pecado, mas de modo equilibrado). O assunto é maturidade versus infância. Deus nos ama do jeito que somos, mas Se recusa a deixar-nos permanecer dessa maneira; Ele quer fazer-nos conformar a Cristo, 2 Co 3:18.
Nosso Senhor despiu-se da Sua glória e "aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte..." (Fp 2:7-8). Sua vida lembra-nos do nosso crescimento espiritual que freqüentemente impõe lições difíceis, às vezes tão difíceis que hesitamos em aprendê-las.
Parece que temos de aprender da própria experiência que independemente de onde colocamos a nossa dependência nesta vida (seja na alegria, conforto, aceitação, etc.), isto acaba nos controlando. Deus permite e usa os eventos da vida para nos ensinar sobre ter a dependência no lugar errado, para que no fim possamos entender o conceito que Cristo é a nossa única e verdadeira suficiência.
COMO EVITAR A DEPRESSÃO?
A depressão pode ser evitada? A resposta é provavelmente negativa: “Não, não completamente”. Todos nós estamos sujeitos a enfrentarmos desapontamentos, perdas, rejeições e fracassos que levam a períodos de desânimo e à depressão. Porém, existem várias maneiras de evitar a depressão. Vejamos:
1. Confiando em Deus. A confiança em Deus é o melhor antídoto para evitar a depressão. Por isso, em meio às dificuldades e problemas enfrentados no dia-a-dia, devemos depositar a nossa confiança em Deus, confiando no seu amor, no seu poder e na sua soberania (Sl 20. 7,8; 46.1-11; 121.1,2; 125.1).
2. Entregando o caminho ao Senhor. A Palavra de Deus nos assegura que, se entregarmos o nosso caminho ao Senhor e confiramos nEle, tudo Ele fará (Sl 37.5). Entregar o caminho significa colocar nas mãos de Deus os problemas, a família, o lar, o emprego, a empresa, os estudos, o casamento, os desejos e os sonhos. É lançar sobre Ele toda a nossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de nós (1 Pe 5.7).
Deus é fiel! Ele vela pela sua palavra (Jr 1.l2b; Is 55.11). Ele trabalha para os que nele esperam (Is 64.4).
3. Utilizando as armas Espirituais. A palavra de Deus nos diz que “…as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para a destruição das fortalezas” (II Co 10.4). Diante das adversidades, devemos tomar posse das nossas armas espirituais, tais como:
• Fé
(Mt 17.20; 21.21; Hb 11.1,6; I Jo 5.4);
• Jejum
(Et 41.16; II Cr 20.3; Ed 8.21; Jn 3.5);
• Oração
(I Sm 1.12; At 12.5; Tg 5.17; Rm 12.12);
• Palavra de Deus
(Sl 119.16,28,50,107; Hb 4.12).
Todos nós estamos sujeitos a enfrentar momentos de perda, decepções, sentimentos de culpa, que podem nos levar a ficar deprimidos. Porém, a nossa confiança e submissão à Deus, bem como a vida de intimidade e comunhão com Ele, nos fará superar toda e qualquer dificuldade, inclusive, a depressão.
Se você está sendo vitimado pela depressão creia em Deus e confie nele que certamente o socorro divino virá em seu socorro em nome de Jesus, amém!
Autor: Jânio Santos de Oliveira